Unschooling - prática de aprender 24 horas


“Não importa quão boa as escolas são, o lar é sempre o melhor lugar para aprender” - John Holt [educador americano defensor do unschooling]

Ana define o unschooling como a prática de aprender 24 horas por dia, não escolarizar o aprendizado, despertar a curiosidade da criança para que ela entre em contato com algo que lhe interessa de verdade.


Do outro lado do mundo, brasileira é autorizada a educar os filhos em casa


Trinta e um anos, quatro filhos e a missão de garantir que as crianças aprendam sem ir à escola. Thais Saito é brasileira e mora em Auckland, na Nova Zelândia, há dois anos e meio. Há pouco mais de uma semana, ela e o marido Angelo Damião, de 31 anos, também brasileiro, receberam ‘sim’ do governo neozelandês ao pedido de tirar os filhos Melissa e João, de 9 e 8 anos, da escola.
Para ter a ‘licença’, o casal teve de apresentar um projeto bem detalhado de como fariam para ensinar as crianças em casa. Eles listaram quais atividades seriam trabalhadas para desenvolver competências em literatura, ciência e tecnologia, saúde e bem-estar, artes e música, história e geografia, e alfabetização em matemática. Cada área foi discriminada com uma série de ações, como desenhar mapas em geografia, por exemplo, cozinhar e observar a alteração das matérias em ciências, e fazer origami e montar quebra-cabeça para ajudar na alfabetização em matemática.




Unschooling no Brasil


No Brasil, o unschooling não é legalizado nem proibido. Sabe-se que algumas famílias o praticam, mas, como não há regra, elas podem ser denunciadas à Justiça e terão de provar ao juiz que não há abandono intelectual. Caberá ao juiz decidir que tais crianças podem ou não ser mantidas fora da escola.

Em São Paulo, a educadora Ana Thomaz atendeu, há 5 anos, ao pedido do filho Gutto para deixar de ir à escola. Na época, ele tinha 14 anos, não gostava das aulas, dos grupos que se formavam, e se sentia desestimulado. A mãe, a princípio, negou a vontade do filho, mas depois topou o desafio de ajudá-lo a descobrir suas paixões em casa.

"Meu filho queria aprender algo de verdade. Fiz um projeto como educadora, tinha uma estratégia de vida, não separava o ensino da vida. Via o que ele estava precisando: amor por aprender. Ele era alfabetizado, mas nunca tinha lido um livro, achava que era uma coisa chata", diz Ana.

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