Dislexia - Método Fônico
Na verdade, a
pesquisa científica demonstrou que a consciência fonêmica e as correspondências
entre ‘letras’ e ‘sons’ deveriam ser ensinadas ao mesmo tempo porque se
reforçam mutuamente.
Isto é bastante lógico: o ensino dos ‘sons’ favorece a
memorização dos correspondentes símbolos escritos, assim como o ensino desses
símbolos (‘letras’) favorece o desenvolvimento das representações fonêmicas.
Em conclusão, para
crianças com dislexia é de suma importância ensinar de modo explícito,
sistemático e deliberado os ‘sons’, bem como o princípio alfabético através das
correspondências entre ‘letras’ e ‘sons’.
Muitos estudos
científicos mostraram que se pode desenvolver a consciência fonêmica com uma
sessão curta de 10 a 15 minutos de treinamento explícito por dia em poucas
semanas.
Toda a vez que as
crianças escreverem, estarão estimulando a modalidade manual-cinestésica, com a
fixação dos movimentos necessários ao traçado das letras (memória muscular).
É melhor não
começar pelas letras minúsculas porque algumas letras são fáceis de confundir:
b – d, b – p, p – q, n – u,
e – a, s – z, t – f
comparadas às
maiúsculas:
B – D, P – Q,
N – U, M – W, T – F.
Crianças com
dislexia, com frequência, têm problemas de orientação espacial. Isto significa
que podem fazer confusão entre <b> , <d>,
que partilham dois traços idênticos (um semicírculo e uma reta), embora em posições diferentes e correspondendo a quatro fonemas distintos.
Existem vários
truques para ajudá-las a lembrar as correspondências corretas. Eis aqui um de
nossos preferidos: se as crianças souberem que lemos da esquerda para a
direita, peça-lhes para fazerem duas figas a sua frente, com os polegares em
ângulos retos, apontando para cima. A mão esquerda terá a forma de um <b>, enquanto a mão direita terá a forma de um <d>.
Você pode
aplicar o mesmo truque ao <p> e ao <q>, com os polegares para
baixo, como ilustrado abaixo.
Truque para não
confundir <b>, com <d>
Truque para não
confundir <p> com <q>
Para se ensinar os
valores que os grafemas têm, dependendo da ordem ocupada na palavra. Sugerimos,
pois, brincadeiras com o alfabeto de madeira e de plástico.
Fonte: http://dislexiabrasil.com.br/secao3/praticas-no-ensino-da-alfabetizacao/