Dislexia: quando as palavras não fazem sentido

Quanto mais cedo o problema for tratado, melhor será o rendimento escolar, profissional e até social da pessoa.



O texto com parágrafos longos ou vocabulário recheado de termos novos pode ser um desafio e tanto para um disléxico.

O diagnóstico precoce é essencial para barrar um ciclo bem conhecido entre os que sofrem de dislexia: a criança tem dificuldade de aprender, não se arrisca, para de estudar e perde o interesse pela escola por medo, puro medo. Na sala de aula, o disléxico, diante de um texto, pode ter dor de barriga, suar e sentir um mal-estar.

A dislexia é um distúrbio de linguagem sem causa definida. Não tem cura, mas tem tratamento, ou seja, aprende-se a superar as dificuldades e a traçar novas rotas cerebrais para entender com perfeição um texto. O disléxico apresenta uma falha na decodificação da linguagem escrita.

Vale saber que não tem nada a ver com déficit intelectual. Mesmo assim, é comum a criança passar a se inferiorizar, o que, em um futuro próximo, pode se traduzir em baixa estima. Existem, inclusive, adultos que são disléxicos e não sabem. E amargam frustrações – sociais e profissionais – ao longo da vida. É muito importante que os pais se informem e façam mais do que acompanhar os estudos dos filhos.


Para cada 100 alunos encaminhados para avaliação, três apresentam o distúrbio (este é um sinal claro de que o método de ensino e as condições oferecidas às crianças não proporcionam uma alfabetização. Afinal 35 alunos e um professor, onde está a lógica?)

Descobrir o problema precocemente é o ideal para evitar que os danos emocionais se instalem. O diagnóstico, porém, nem sempre é tão simples. Por volta dos 7 anos de idade acontece a alfabetização. E esse é um processo bem individual: algumas crianças pegam o jeito das palavras rapidamente e outras tropeçam até conseguir formá-las e interpretá-las corretamente. 

Além disso, problemas de visão, audição, déficits intelectuais, alterações de comportamento e métodos de ensino pouco estimulantes podem prejudicar o aprendizado do abecedário nessa fase. 

Uma coisa é certa: com a ajuda adequada qualquer disléxico pode driblar suas dificuldades e, finalmente, conseguir reunir as palavras de uma maneira que faça todo o sentido.


A diferença entre um vencedor e  um perdedor está no apoio que ele recebe em casa, da família e da escola.  Pois palavras e abandono machucam e destroem.


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