VIDEOGAME PARA COMBATER A DISLEXIA DOS FILHOS
O
videogame é a diversão preferida da garotada. Uma recente pesquisa comprovou
que os videogames podem combater a dislexia, entenda como funciona
Jogar
videogame pode melhorar a habilidade de leitura dos portadores de dislexia, mas
é preciso ter cuidado com a frequência que os filhos jogam videogame
Não é
novidade que os videogames estimulam a criatividade e aumentam o repertório
cultural dos pequenos. Um estudo publicado no jornal Current Biology revelou
outro potencial desse tipo de jogo: melhorar as habilidades de leitura de
portadores de dislexia. Realizada por cientistas da Universidade de Pádua, na
Itália, a pesquisa envolveu dois grupos com 10 crianças disléxicas cada. No
início, testes fonoaudiólogos, de Q.I e de leitura revelaram que todos os
voluntários tinham dificuldades semelhantes. Ao longo do experimento, um dos
grupos jogou games de ação durante nove sessões de 80 minutos, enquanto que o
outro seguiu a mesma rotina, mas com jogos eletrônicos de outros gêneros.
Terminado o procedimento, os pesquisadores observaram que o primeiro marcou
mais pontos nas avaliações propostas, as quais levavam em conta precisão, tempo
de reação, velocidade e o reconhecimento de pseudo-palavras formadas por letras
aleatórias. Segundo a equipe que avaliou os testes, a melhoria na leitura está
diretamente ligada ao aumento do nível de atenção dos pimpolhos ante aos
estímulos auditivos e visuais — recursos abundantes nos jogos de ação.
Veja alguns cuidados na hora de jogar
videogame
"O
filho deixa de jantar com os pais, não vai à aula porque ficou jogando durante
a noite toda e começa a se afastar dos amigos por causa do tempo que passa
on-line. É assim que a compulsão por videogame e jogos on line comprometem a
saúde do jogador prejudicando inclusive, as atividades acadêmicas e
profissionais", alerta a psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do Programa
de Álcool, Drogas e outros Transtornos de Impulso da Santa Casa de Misericórdia
do Rio de Janeiro. O desenvolvimento de distúrbios psiquiátricos e crises de
abstinência também estão associados ao vício. "Quando eles não podem
jogar, ficam irritadiços, inquietos e até deprimidos. Se saem com os pais no
fim de semana, ficam péssimos porque querem logo voltar pra casa", explica
Analice.