Como os pais devem lidar com o terror noturno
Medo e
angústia são alguns sentimentos vivenciados pelas crianças ao adormecerem. Os
pesadelos invadem suas noites e as amedrontam ao despertar. Quando se discute
“terror noturno”, a sensação é outra — sem causa elucidada, esse distúrbio não
proporciona lembranças ou vestígios de seu acontecimento.
Ana
Cássia Maturano, psicóloga e psicopedagoga clínica, explica:
—
Geralmente a criança ou adolescente acometidos do terror noturno acorda
abruptamente, senta-se na cama com expressão de terror e ansiedade, olha para o
vazio, realiza gestos descoordenados, pode andar e pular, gritar e chorar. O
episódio pode vir acompanhado de taquicardia, sudorese ou respiração rápida.
Após o evento, volta a dormir.
A duração
pode variar de segundos até 20 minutos, aproximadamente. E sua manifestação é
mais freqüente entre crianças de 4 a 12 anos.
— Um
pequeno número de crianças (1% a 6% das crianças) costuma apresentar este
distúrbio — relata a psicóloga Eliana de Barros Santos.
— A
ocorrência diminui com a idade, sendo que menos de 1% dos adultos apresentam
este distúrbio do sono.
A
preocupação dos pais quando o episódio se inicia é imediata. Contudo, ambas
profissionais aconselham a não intervir no momento da crise. É necessário
assegurar que a criança não se machuque. Assim como aos que sofrem com o
sonambulismo, o quarto do indivíduo precisa ser um lugar muito bem estruturado:
— Não
deve haver obstáculos e um cuidado grande com o acesso a escadas e janelas deve
ser observado — diz Eliana.
Sendo uma
manifestação benigna, o terror noturno não representa riscos para o
desenvolvimento do indivíduo.
— Não há
tratamento — informa Ana Cássia.
— O que
existe é um suporte à família, visto causar grande preocupação. Em alguns casos
raros lança-se mão de alguma medicação.
As causas
do distúrbio ainda são desconhecidas. Entretanto, crianças muito ansiosas ou
até depressivas, apresentam com mais frequência esse mal. Para minimizar os impactos,
é importante que ela busque evitar a inquietação e o estresse cotidiano.
— Não se
tem conhecimento de que possamos agir de forma a evitar as crises, mas uma boa
relação familiar e a segurança oferecida à criança em seu ambiente certamente
contribuem para que ela se sinta bem. É muito importante manter uma rotina
adequada de sono; dormir cedo e no horário e reduzir a agitação antes do sono —
conclui a psicóloga.
Fonte:
http://zerohora.clicrbs.com.br/
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/06/como-os-pais-devem-lidar-com-o-terror-noturno-4166695.html